Prosimetron

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quinta-feira, 4 de março de 2010

Quem olha para o umbigo, não vê o corpo inteiro!

Não sei se o "ditado" existe... mas se não existe passa a existir!
Vem isto a propósito das notícias que correm acerca da visita de Jaboc Zuma ao palácio de Buckingam, em Londres, e das condições impostas. Só levar uma das suas mulheres.
Mesmo assim houve manifestações e protesto nas ruas por causa da sua poligamia. Mas o que é que a Inglaterra tem de dar opinião ou manifestar-se acerca da vida privada do presidente da África do Sul! É crime na África do Sul? É alguma doença?
Bons velhos tempos aqueles em que a Argentina ignorou a Inglaterra porque esta não recebeu Evita!
Bons velhos tempos aqueles em que Sá Carneiro recusou visitar oficialmente a Inglaterra porque esta não aceitava a forma da sua vida, a sua forma de ser feliz!
Por cá também se tentou fazer algo semelhante com o Presidente Sampaio... mas este teve t.....s (desculpem o desabafo)!

3 comentários:

Miss Tolstoi disse...

Consta que o maridinho da rainha é polígamo, embora não de papel passado.
Imagino também a quantidade de polígamos que haveria entre os manifestantes.
Eu não defendo a poligamia, mas acho isto tudo uma hipocrisia.

Miss Tolstoi disse...

O problema deveria ser de protocolo. Como sentariam as três mulheres à mesa? E nas "oficialidades"?

João Mattos e Silva disse...

A manifestação contra a poligamia do presidente da África do Sul é perfeitamente idiota e faz parte do puritanismo protestante, presente tanto no Reino Unido como nos E.U.A..
Já nos outros casos, fia mais fino. Não podem os países aceitar que o seu Chefe de Estado - seja a Rainha seja um qualquer presidente - receba casais que até à luz das leis dos seus países não estejam legalmente casados ou que sejam reconhecidas pelo pa´si anfitrião (cada um recebe em sua casa quem quer e de acordo com as suas regras) Qualquer dia era a total bagunça.
Mas é curioso que. no caso de Sá Carneiro. quem mais criticou por cá, publicamente, foi o PS do Dr. Mário Soares. Ouvi-o eu num comício eleitoral no Algarve, ninguém me contou.
Já no caso do presidente Sampaio, a assistir a um acto religioso num templo, é diferente. A Igreja tem as suas regras - boas ou más, não está em questão - e quem tem que as fazer respeitar é ela, dentro dos seus espaços de culto. E o Dr. Sampaio, por ser PR, não está acima dessas regras que se aplicam mesmo aos católicos divorciados e casados de novo civilmente.
Há que distinguir as coisas e não embarcar numa crítica fácil em nome de uma liberdade que também tem regras para não se tornar libertina.