Prosimetron

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sábado, 23 de maio de 2009

Daisy Miller, Henry James: uma novela trivial um filme delicioso.

Daisy Miller de Henry James Num destes dois últimos Verões, não preciso qual, estava na praia com o Diário de Notícias, jornal para ler enquanto tomava café; o jornal trazia de oferta um livrinho de Henry James: Daisy Miller. Na altura não o li e, agora, numa das minhas viagens de comboio, resolvi repousar os olhos na sua escrita. O livro narra um conjunto de circunstâncias e viagens enriquecedoras da forma mais trivial que até então lera. Retrata parte de uma família americana em viagem pela Europa. O narrador é um jovem estudante americano que trava conhecimento com a jovem americana Daisy Miller, rica e coquete. Eis aqui um excerto passado em Roma: “Vamos ficar todo o Inverno se não morrermos de febre; e acho que ficaremos. É muito mais agradável do que pensei; receei que fosse terrivelmente calmo; tinha a certeza que seria muito ocioso. Pensava que andaríamos por aí sempre com um daqueles horríveis velhotes que explicam quadros e coisas. Mas tivemos apenas uma semana disso, e agora estou a divertir-me. Conheço tanta gente, e são todos tão encantadores. A sociedade é extremamente selectiva. Há pessoas de todo o tipo – ingleses, alemães e italianos. Creio que gosto sobretudo dos ingleses. Aprecio o seu estilo de conversação. Mas há americanos encantadores. Nunca vi nada tão hospitaleiro. Todos os dias há qualquer coisa para fazer.” Henry James, Daisy Miller, (tradução de Maria João Bento) Lisboa: Livros de bolso Europa-América, 2007, p. 57. Daisy Miller de Peter Bogdanovich é um filme de 1974, com Cybill Shepherd no papel de Daisy Miller e Barry Brown no de Frederick Winterbourne.

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