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Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Fernando Pessoa
In: Assinar a pele. Lisboa: Assírio & Alvim, 2001, p. 29
O que ficava aqui mesmo bem era um poema belga, mas não consegui encontrar nenhum - sobre gatos.
1 comentário:
E estes dois gatos .... são lindos
J.
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