"Arion com o seu canto detinha a corrente do rio"
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A história de Arion é uma das mais belas que conheço. Encontrei-a no Museu Nacional de Arte Antiga, numa faixa de uma colcha indo-portugesa do Século XVII. Escolhi a frase "com o seu canto detinha o rio" em oposição à ilustração de William Blake: The River Life que coloquei a 10 de Fevereiro.
Arion canta o poema e a Natureza pára para o ouvir. Em breves palavras a fábula conta que Arion quer regressar à sua terra Lesbos? Corinto? Mas os marinheiros do navio em que seguia resolveram matá-lo para se apoderarem das riquezas que acumulou. Perante a morte, Arion pediu para cantar mais uma vez. Durante o canto lançou-se ao mar onde é recolhido por um delfim, animal preferido de Apolo, deus protector do poeta. O delfim transporta-o sobre o dorso até perto de Corinto.
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Arion transportado no dorso de delfim.
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Os deuses do Olimpo, comovidos com a acção do delfim recompensaram-no concedendo-lhe nove estrelas, que com mais uma representando a lira de Arion, formam no céu a constelação de Delfim.
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xJúpiter (sic) pôs o delfim no céu e lhe deu por sina nove estrelas
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Notas retiradas da monografia de Teresa Pacheco Pereira, Fábulas Bordadas, Uma Colcha Indo-Portuguesa do século XVII, Lisboa: MNAA, 1988.
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1 comentário:
A legenda da imagem refere Júpiter; preferia que estivesse Zeus mas respeitei a legenda da imagem que digitalizei.
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